Réfractions, recherches et expressions anarchistes
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A escola e a barricada
Marianne Enckell
Article mis en ligne le 21 juillet 2017
dernière modification le 22 juillet 2017

par Refractions
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Revista da Biblioteca Terra Livre - ano II, nº 3

Todas essas bibliotecas são propriedade coletiva do movimento, mantidas por
voluntários, abertas à cidade, para as pessoas da vizinhança ; não são de forma algu
ma guetos. Algumas delas são apoiadas por organizações como La Federación
Obrera Regional Argentina (Federação perária Regional da Argentina) ou La
Federación Libertária Argentina (Federação Libertária Argentina) ; outras
são apoiadas por um grupo informal. Muitas sobreviveram, apesar da fraqueza
do movimento, mesmo quando ditadores as forçaram à clandestinidade.
E quando foi necessário mudar às pressas, todos os sindicatos deram uma mão
ou ajudaram financeiramente.

A Biblioteca Juventud Moderna (Biblioteca Juventude Moderna), em
Mar del Plata, foi fundada em novembro de 1911. O ativista veterano Hector
Woollands recorda que ela preencheu “uma dupla função : a de uma escola,
que oferecia um elevado nível de informação, e a de uma barricada, o lugar
onde os sindicatos poderiam elaborar seus planos de ação direta”(La Razón ,
1996)

Escolas e barricadas : que melhor maneira de descrever o trabalho que as
bibliotecas e centros de documentação anarquistas de todo o mundo desejam
fazer ? Não é uma questão de arquivar a memória do movimento, a fim de fixálo
num lugar ; é uma questão de manter a nossa história viva e subversiva,
de afirmar a existência de anarquistas (“Não há nem mesmo uma centena deles ...”)
e de sua diversidade contra a asfixia por aqueles que estão no poder.
História com “H” maiúsculo que reduz alegremente a vida, as ideias e as
experiências perturbadoras em anedotas e contos (Escudero, 1996).

“Por meio da reativação de seu passado, o anarquismo pode se reapropriar de
sua cultura. A atividade desse renascimento implica, constitui em
si mesma um agente revigorante da vida cultural. O objetivo da operação,
obviamente, não é sermos capazes de empacotar um conhecimento livresco
dos nossos antecedentes. É mais uma questão de conhecer a nós mesmos,
de restaurar em nosso campo de conhecimento a coragem, os sonhos e as
ideias que fizeram o anarquismo uma realidade histórica. Um passado ativo
é um passado mobilizado por e para uma atividade presente.
Não é só fazer genealogia para se divertir.

Leia a continuação

L’école et la barricade - Réfractions n° 1 - hiver 1997

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